sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

Oi você! Aceita um café?




Hoje pedacinhos do céu derreteram. No meio, quase fim da tarde. A chuva desabou sobre nós, e nos obrigou a parar.
Onde você estava? Eu estava entre livros, no centro da cidade, vendo as pessoas passarem.
As lojas encheram, os restaurantes, os cafés.
Várias pessoas procurando abrigo e olhando ansiosamente para a chuva. Ela não cedeu.
E qual era o grande problema? Alguns de início se irritaram, fizeram careta, reclamaram.
Aos poucos o cheiro de café surgiu, preenchendo os ambientes. Desistentes sentaram, grupos se formaram e a cuiabania voltou a sua rotina.
Não aquela loucura de trânsito e preocupações. Mas a do café da tarde, e das boas conversas.
Homens de terno e alguns uniformizados contando da vida, do carro, do jogo, da rua. Adolescentes rindo de histórias e as mulheres se juntando as mesas, trocando ideias, opiniões e notícias. Por um instante, o tempo pode até ter parado, nenhum deles se importou.
A chuva cessou e o céu fez um espetáculo ao pôr-do-sol. E só então, um pouco mais leves, seguimos nossos caminhos.

Ainda bem que nem sempre as coisas seguem nossos planos.

Afinal, se seguissem, como seríamos surpreendidos por momentos tão delicados?

3 comentários:

Raphael Trew disse...

oque uma chuva não faz com esta cidade !!!
são nos imprevistos da vida que temos tempo de parar umpouco com a correria da vida .

Muito bom o seu testo parabens !!!

disse...

Oi!
Passei pra conhecer o blog e adorei...
Nessa hora um outro imprevisto tinha me levado pra casa, e foi muito bom ficar na sacada adimirando aquela chuva que teimava em cair (mesmo com tantos pedidos de muitos de que ela parasse). Sempre gostei de chuva, por isso fiquei admirando aquela agua toda caindo durante... sei lá quanto tempo. Pensando em tanta coisa, pensando em nada... (do jeito que sempre fazia quando criança). E pensando em quanta gente estaria "praguejando" aquilo que estava considerando uma grande benção (uma maquina do tempo pra mim)...
Saudades Paulinha!
Beijos!!!

Frederico Bastos de Araujo disse...

gosto de dias assim.
Descrever ambientes e me fazer lembrar o cheiro... Agora chove, e não tenho nenhum café por perto.

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